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O que é Budo? parte 1 - O que os caracteres podem nos dizer sobre essa ideia.

  • Foto do escritor: André Oliveira
    André Oliveira
  • 17 de set. de 2020
  • 2 min de leitura

Prefere assistir ou ler? Abaixo você encontra o vídeo e o texto com o mesmo conteúdo.







Para começarmos a entender o significado de Budô, vamos iniciar analisando os kanji que formam as duas palavras.

O caractere Bu normalmente é traduzido como marcial, o que não está errado, é sua tradução mais simples e corriqueira. Porém, ao analisarmos a origem desse Kanji, vemos que ele é formado por outros 2 caracteres:

Um “hoko” representando a lança, a alabarda ou o machado, como é possível identificar visualmente em seu formato, mas sua representação mais ampla é a de armas em geral, pois os kanji muitas vezes oferecem uma interpretação que vai além de um único e estreito significado, eles podem representar uma ideia.


O outro “tomeru”, representa parar, interromper. Quase que uma pessoa os dois braços levantados ou duas escoras.

Com a junção de ambos temos como representação o pensamento de interromper as armas.

É muito importante que essa visão seja compreendida do ponto de vista inclusive social, onde a representação máxima da guerra, não está em guerrear, mas em interromper o conflito.

Esse conceito, esse pensamento, evolui. Saindo da ideia de parar a arma do outro para se defender usando a própria arma.

Depois, simplesmente deter as armas.

E, em sua evolução mais profunda, interromper a própria arma, ou, acabar dentro de si com o pensamento agressivo e o instinto de gerar conflito.

O caractere Do – é conhecidamente traduzido como caminho e sua formação também é composta por dois outros caracteres:

O primeiro “kubi” representa pescoço ou cabeça.




E o segundo “michi” – andar, caminhar.







Juntos carregam a ideia de levar a cabeça nas mãos, ou caminhar com uma ideia, assim, a representação de caminho não é apenas o da estrada em si, mas o que se carrega por essa estrada.


Agora juntos, Bu e Do, representam o pensamento de carregar consigo no caminho a proposta de interromper dentro de si o instinto agressivo e a vontade de buscar o conflito, ou seja, ser capaz de interromper a própria arma.

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